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Gonçalo Pires Bandeira

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Gonçalo Pires Bandeira (Resende, São Martinho de Mouros / Besteiros (hoje Tondela), São Salvador de Castelãos ou Castelões, Vila de Rei - ?) foi Escudeiro e Cavaleiro Portugal.[1]

Elli Juzarte era um Saxão inglês de origem escocesa porem de Lencaster estado Anglo Saxão e também avô de Gonçalo Pires, o da Bandeira, dos Juzarte, Guzarte ou Lizard[1][2] e nascido Gonçalo Pires Juzarte, filho de André Juzarte e de sua mulher Catarina Neto, irmã de Brás Neto, e neto paterno de Pedro ou João Rodrigues Juzarte, Estribeiro do Infante D. Pedro de Portugal, 2.º Duque de Coimbra, filho do Rei D. João I de Portugal, e de sua primeira mulher Catarina Anes da Veiga, filha de João Esteves da Veiga e de sua mulher D. Leonor Anes de Vasconcelos,[3] mas tal não tem sido confirmado pelos estudiosos posteriores.[4] Dele descendem os Condes de Avillez, os Viscondes dos Cidraes, entre outros.

Era Escudeiro de Gonçalo Vaz Pinto de Sousa, 2.º Senhor dos Municípios ou Freguesias: Ferreiros e Tendais; e Escudeiro Honrado da Casa do então Infante Herdeiro D. João de Portugal, que, mais tarde, reinou com o nome de D. João II de Portugal. Nessa qualidade, e sendo companheiro de Duarte de Almeida, o Decepado, na Batalha que D. Afonso V de Portugal teve em Toro contra a Soberana e o Soberano de Castela, D. Isabel I e D. Fernando V, que se deu a 1 de Março de 1476, não só combateu e se houve com grande valor como, estava já o Estandarte Real em poder dos Castelhanos, depois da horrorosa mutilação daquele valente guerreiro; foi quando Gonçalo Pires Juzarte se arrojou intrepidamente entre eles e conseguiu batalhar até recuperar a Bandeira Real do Rei de Portugal, tomada por um Cavaleiro Castelhano inimigo chamado de Sotomaior... feito praticado com grave risco da sua pessoa, o qual Gonçalo Pires Juzarte remeteu a ele, rompendo pelo Esquadrão Castelhano e tomou-lha das garras de Castela trazendo-a consigo e apresentando-a ao Infante, o Principe D. João.[1][2][3][5][6]

Nesta façanha foi Gonçalo Pires coadjuvado por um outro combatente português, Diogo Gomes de Lemos, filho segundogênito do 1.º Senhor da Trofa.[7][8]

Esta acção heróica e feito ilustre e outros bons e leais serviços que prestou à Coroa Portuguesa em África, na costa de Marrocos, mereceram-lhe que o Senhor Rei D. João II de Portugal, testemunha de vista de tão grande façanha e em recompensa deste feito de armas, depois de subido ao trono, o elevasse à Nobreza, o tirasse do conto plebeu e lhe desse carta de Armas Novas, alusivas ao feito que praticou, datada de 4 de Julho de 1483, e dando-lhe conjuntamente o apelido Bandeira, em comemoração do seu primeiro acto heróico, significando na Bandeira a Real do Reino de Portugal, que resgatara do poder do Cavaleiro Castelhano, e no leão o esforço com que nesta ação se avantajou, sendo o primeiro deste apelido que, supostamente largando o apelido Juzarte da sua varonia, mandando e ordenando o dito Rei que ele e os seus descendentes o usassem e ficassem usando, tomou o apelido de Bandeira, que supostamente juntaram ao seu de Juzarte, com Brasão passado a 6 de Agosto de 1484, ficando, alegadamente, a chamar-se Gonçalo Pires Juzarte da Bandeira. Mais graças não alcançou de El-Rei do que o foro de Escudeiro Fidalgo da Casa Real[4] e, no tocante ao interesse, a 7 de Agosto de 1484 teve Carta de Privilégio[4] e mais só o ofício de Juiz dos Órfãos de Besteiros.[2][3][4][5][9][10]

As Armas concedidas a Gonçalo Pires Bandeira e usadas por seus descendentes são: de vermelho com uma bandeira quadrada de ouro, perfilada de prata, carregada de um leão de azul, armado e lampassado de vermelho, hasteada de ouro; timbre: a bandeira do escudo.[2][5][9]

Casamento e descendência

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Casou com Violante Nunes da Costa (c. 1465 - d. 1530), Senhora da Quinta de Fráguas,[4] filha de Fernão Nunes da Costa (c. 1434 - ?), que Cristóvão Alão de Morais diz irmão de João Nunes da Costa, acrescentando que viveu no Quintal, em Besteiros, e foi pai doutro Fernão Nunes da Costa, que o mesmo autor diz ter sido morador no Lugar de Fráguas, pessoa de conhecida Nobreza, ter casado em Fráguas e sido pai de Violante Nunes da Costa; a cronologia, contudo, indicia tratar-se do mesmo Fernão Nunes da Costa, que terá vivido no Quintal e casado com a Herdeira da vizinha Quinta de Fráguas, que o mesmo autor diz chamar-se Violante Nunes Cardoso e filha de Francisco Nunes Cardoso, Senhor da Quinta de Fráguas, e de sua mulher ..., e neta paterna de Francisco Nunes Barreto, Comendador de Castelões na Ordem de Cristo e Veador da Rainha D. Leonor de Portugal, e de sua mulher Bertoleza de Figueiredo, Senhora da Quinta do Telhado em Besteiros, mas que Manuel José da Costa Felgueiras Gaio diz ser neta paterna de Fernão Nunes Cardoso e de sua mulher Bartoleza/Bertoleza de Figueiredo;[3][4][10] de sua mulher teve um filho e pelo menos três filhas:[3][10]

Referências

  1. a b c Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. 4id=114. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da 
  2. a b c d D. Luís Gonzaga de Lancastre e Távora. Dicionário das Famílias Portuguesas 2.ª ed. Lisboa: Quetzal Editores. 37 
  3. a b c d e f g h i j Manuel José da Costa Felgueiras Gaio (1989). Nobiliário das Famílias de Portugal. 4 2.ª ed. Braga: Carvalhos de Basto. 381-2 
  4. a b c d e f Manuel Eduardo Maria Machado de Abranches de Soveral (2006). Ensaio sobre a origem dos Costa medievais. [S.l.: s.n.] 
  5. a b c Afonso Eduardo Martins Zúquete (1987). Armorial Lusitano 3.ª ed. Lisboa: Editorial Enciclopédia. 77 
  6. Cristóvão Alão de Morais (1997). Pedatura Lusitana 2.ª ed. Braga: Carvalhos de Basto. pp. Vol. 2. 629-30 
  7. Braamcamp Freire, Anselmo (1921). Brasões da Sala de Sintra, Livro Segundo. Robarts - University of Toronto. Coimbra: Coimbra : Imprensa da Universidade. pp. 328 – 330 
  8. Soveral, Manuel Abranches de. «A Casa da Trofa. Filhos do 1.º senhor da Trofa - Diogo Gomes de Lemos». Consultado em 25 de novembro de 2022 
  9. a b Anselmo Braamcamp Freire (1989). Armaria Portuguesa 2.ª ed. Lisboa: Cota d' Armas. 55-6 
  10. a b c d e f g h Cristóvão Alão de Morais (1997). Pedatura Lusitana 2.ª ed. Braga: Carvalhos de Basto. pp. Vol. 2. 630-2